quarta-feira, 29 de abril de 2009

Orientação sexual sem segredos

SEXO
Uma vida sexual saudável começa pela maneira que as crianças recebem as informações sobre sexo. E a escola e os pais têm papel fundamental nisso.
por: Ana Rita Martins

O assunto é sexo. E é sério. Respeitar o próprio corpo e o dos outros, tratyar com objetividade os assuntos íntimos e ter informação para planejar uma vida sexual saudável são pontos importantes para trabalhar a orientação sexual na escola – e em casa. Os primeiros sinais de sexualidade, ao contrário do que muitos pensam, começam a ser manifestados já na primeira infância, com a exploração de objetos pela boca e, depois, do próprio corpo, quando a criança começa a descobrir diferentes sensações. Se antes os pais tratavam a questão à sua maneira, agora também os professores precisam saber lidar com isso, já que as crianças estão indo cada vez mais cedo para as escolas. E esta é uma missão não apenas para os docentes de Educação Infantil, mas para todos aqueles que convivem com crianças e adolescentes, pois as manifestações nunca cessam, apenas assumem diferentes formas. Em uma escola da rede municipal de São Paulo, um episódio envolvendo uma aluna de 9 anos de idade promoveu uma mudança de comportamento em toda a equipe de educadores. Foi quando a criança chegou em casa e contou à mãe que um colega tinha tentado enfiar um lápis em sua “perereca”. A mãe, assustada, foi à escola e denunciou a “tentativa de estupro”. O psicólogo da instituição, Ricardo de Castro e Silva, ao ser informado da situação procurou a direção e pediu que fosse dado início a um trabalho de orientação sexual. “As crianças fazem isso por curiosidade, mas os professores devem saber o que fazer nessas horas”, justificou o especialista. Segundo o psicólogo Antonio Carlos Egypto, fundador do Grupo de Trabalho e Pesquisa em Orientação Sexual (GTPOS) (www.gtpos.org.br), todas as escolas devem ter projetos para trabalhar o tema desde as classes de Educação Infantil até o Ensino Médio, com abordagens específicas para cada fase do desenvolvimento. Um bom trabalho de orientação sexual pode ajudar a criança a conviver de forma saudável com as questões ligadas ao sexo e tanto pais quanto professores devem ajudá-la a entender o que se passa em cada momento da vida, tratando as manifestações com naturalidade.Enfim, motivo não falta para que você, professor, encare de frente a questão da orientação sexual. Para auxiliá-lo em sua prática, algumas atividades foram formuladas com a consultoriadeMaria Helena Vilela, diretora do Instituto Kaplan (www.kaplan.org.br), organização não-governamental especializada em formação de professores na área de Orientação Sexual, e de Antonio Carlos Egypto, ambos de São Paulo. Elas foram divididas em Pré-escola, 1º ao 5º ano e, por fim, para o 6º ao 9º ano. Confira a seguir, e aproveite também algumas dicas, que poderão potencializar os resultados com os alunos e as famílias. Mas não pare por aí: leia também “Eles querem falar de sexo”, uma matéria que traz respostas aos professores que lidam com crianças e adolescentes cheios de questões sobre sua sexualidade.
1. Como falar de sexo na pré-escola2. Como falar de sexo do 1º ao 5º ano3. Como falar de sexo do 6º ao 9º ano4. Dicas práticas para o trabalho de orientação sexual5. As diferentes fases do desenvolvimento sexual, segundo Freud

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